31 julho 2016

A Parábola do Pai de Família e os Trabalhadores da Vinha.


Evangelho de Mateus - capítulo 20 - versículos 1 - 16.

A Parábola do Pai de Família e os Trabalhadores da Vinha, ensinando sobre: o tempo de Deus, os obreiros, o sacerdócio levítico, a justiça de Deus, julgamento de Deus, os chamados e os escolhidos as Sombras das Coisas ou Bens Futuros.

Texto do Evangelho de Mateus, capítulo 20, diz: 
"1. Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha
2. E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha
3. E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça, 
4. E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. 
5. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo. 
6. E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia? 
7. Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo
8. E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros. 
9. E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um. 
10. Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um. 
11. E, recebendo-os, murmuravam contra o pai de família
12. Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. 
13. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro
14. Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. 
15. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? 
16. Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos."

Esse texto da Palavra de Deus é uma parábola. O que é uma parábola? Parábola, segundo o dicionário Aulete, é: Uma narrativa alegórica que evoca, por comparação, valores de ordem superior, encerra lições de vida e pode conter preceitos morais ou religiosos; narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia. Por isso, normalmente, você encontrará nas narrativas a expressão "semelhante", "é comparado", como neste exemplo: "Porque o reino dos céus é semelhante a ..."

Também, a expressão "alegórica" que vem de "alegoria", segundo o dicionário Aurélio, significa: Exposição dum pensamento sob forma figurada; ficção que representa uma coisa para dar ideia de outra; obra artística que representa uma ideia abstrata mediante formas que a tornam compreensível.

O versículo 16, está concluindo o exposto nos versículos de 1 até 15 e não pode ser interpretado isoladamente. Há outras passagens na Palavra de Deus que repetem essa frase do versículo 16. Por esse motivo, será mantida, inicialmente, a interpretação somente dentro desse texto, sendo certo que, a interpretação pode expandir para toda a Palavra de Deus, visando ampliar e afirmar o mesmo entendimento dentro do contexto.

Seguem abaixo as considerações sobre cada versículo.

Evangelho de Mateus, capítulo 20, diz: 
"1. Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha."

Considerando: O reino dos céus é semelhante a um homem. Jesus dá a dimensão de reino dos céus para a dimensão de um homem, entretanto, este homem é, figuradamente, Deus Pai. Esse homem é o pai de família, ou seja, Deus Pai e seus filhos e tudo o que criou e gerou é o reino dos céus, porque, tudo está em Deus Pai, tudo está Nele, no Pai. Esse pai (Pai) saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha.

A vinha, plantação de videiras, é Israel, Nação eleita, separada do mundo, não a Israel terrena, natural (que é figura da celestial), mas a separada espiritualmente, pelo novo nascimento em Cristo, espalhada por toda a terra (por isso a Palavra de Deus diz que judeu, não é o judeu na carne e sim, o que é no coração - no espírito).

Livro do Profeta Isaías, capítulo 5, diz: 
"4. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? (...) 
7. Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor."

Livro do Apocalipse, capítulo 14, diz: 
"13. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem. 
14. E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda. 
15. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura. 
16. E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada. 
17. E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. 
18. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. 
19. E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. (lagar (dicionário): tanque em que se espremem frutos, especialmente. uvas e azeitonas...) 
20. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios."

Na Palavra de Deus há aparente conflito nas interpretações quando se refere a Israel e a Jerusalém. Conforme a passagem, precisa compreender o sentido do contexto. Alguns interpretam que Israel não tem significado de Igreja do Senhor. Discordo. Se Israel é a vinha do Senhor dos Exércitos, conforme Isaías 5, anteriormente referido, certo que, é a Igreja do Senhor - o povo de Deus.

Jesus diz que nem todo nascido em Israel é israelita (ver Romanos 9:1-13). Esse trecho da Palavra, na carta aos Romanos, está dizendo que, a descendência será chamada através de Sara no filho Isaque e de Rebeca (mulher de Isaque) no filho Jacó, nascidos pela promessa, pela vontade e no tempo determinado por Deus, e não pela vontade da carne, no tempo e vontade do homem. Abraão é o pai da fé, entretanto, nem todos os descendentes de Abraão são filhos da promessa (exemplo de Ismael, filho de Abraão com a escrava Agar). Somente os da fé, em Isaque e em seguida, Jacó filho de Isaque. (procurarei não estender certos trechos senão torna necessário começar outro tema específico.)

Qual o propósito do pai de família de assalariar trabalhadores? Para que trabalhassem na sua vinha da qual é dono. Trabalhar na vinha significa preparar a terra, tratar a terra, plantar, cuidar e zelar pelo crescimento das videiras, podar, recolher os frutos da vinha e qualquer outra atividade que seja de responsabilidade desses trabalhadores. Recolher os frutos da vinha é a ceifa. Fica também entendido que os trabalhadores são responsáveis pela vinha, trabalham nela, diferente da vinha em si mesma (povo de Deus). Os trabalhadores são de Deus Pai (dono da vinha), para cuidarem da vinha por um tempo determinado. Recebem salário (não é dinheiro, o significado também é figurado) diretamente de Deus que os chamou e vocacionou (com dons do Espírito Santo – para poderem cuidar da vinha).

Que o pai de família saiu pela madrugada, ou seja, antes de iniciar "O Dia". (Terceira vigília: das 24:00 hs às 03:00 hs - madrugada)

Jesus diz para trabalhar enquanto houver dia. 
João, capítulo 9, diz: 
"4. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 
5. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo."

Antes de Cristo havia noite. Cristo é a luz que veio ao mundo e deu vida (Luz – Espírito de Deus – Vida de Deus – Ressurreição) aos homens.

João, capítulo 8, versículo 12, diz: 
"Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

Atos, capítulo 26, versículo 18, diz: 
"Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão dos pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim."

Efésios, capítulo 5, versículo 8, diz: 
"Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz."

"2. E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha."

Considerando: Cada grupo de trabalhadores foi contratado em "tempos diferentes" dentro do "mesmo dia" a "um dinheiro por dia". Há versões da Palavra de Deus em que no lugar da expressão "um dinheiro" usam "um denário".

Quando a Palavra de Deus usa a expressão "dia" necessário entender o contexto em que se encontra a expressão. No livro de Gênesis temos a criação do mundo em sete dias. Como era contado cada dia? Cada dia tem um tempo, uma dimensão de tempo.

Diz, também, a Palavra na carta 2 Pedro, capítulo 3, diz: 
"7. Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. 
8. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia." O dia do juízo terá uma dimensão de tempo, não é o dia de vinte e quatro horas.

Os trabalhadores receberão, então, "um dinheiro por dia trabalhado" (não é dinheiro natural). Qual é o salário do obreiro de Deus? Isso está especificado no livro de Levítico.

O sacerdócio levítico é figura de verdades espirituais (Sombras das Coisas ou Bens Futuros - Hebreus 10:1) que viriam a partir de Cristo, após a sua ressurreição, estabelecendo a Igreja no mundo. O sacerdócio levítico continua existindo, está em andamento, não encerrou (alguns acreditam e ensinam que encerrou). Encerrou, sim, o cumprimento do sacerdócio levítico pelo modo natural, material, ritualístico ou seja, tabernáculo, altar do sacrifício, pia, pães da proposição, altar do incenso, arca da aliança, animais, trajes etc., pela forma natural, que eram figuras ou Sombras das Coisas e Bens Futuros e que, hoje, é manifestada e realizada pela Igreja do Senhor de modo espiritual.

Muito comum e, na verdade, grave erro, é cultuar como símbolos sagrados ou meros enfeites os móveis usados no tabernáculo terreno, sendo os mais comuns a arca da aliança e o candelabro. Hoje, essas peças materiais nada significam e colocá-las em condição de algo sagrado é viver pelos rituais da lei de Moisés e não pelo real significado delas, que é conforme as Sombras das Coisas ou Bens Futuros. Adorar ou dar significado sagrado ao candelabro, hoje, é pecar e blasfemar, anulando Cristo, colocando o candelabro no lugar dele. Da mesma forma a arca da aliança, usada como "mimo" ou objeto sagrado para os que têm fé em Cristo. Isso é pecado de idolatria e blasfêmia. Da mesma forma é pecado, blasfêmia e idolatria construir um prédio dando nome de Templo de Salomão. Da mesma forma, nenhum prédio usado como local de reunião pode ser chamado de templo de Deus. Aquilo que Jesus Cristo veio derrubar e derrubou, o homem tornou a levantar. Gravíssimo!

Somente a tribo de Levi exercia o sacerdócio (sacerdócio levítico) e, foi e é, essa tribo, que tem chamado e vocação de Deus para exercer o trabalho junto ao povo de Deus.

Nenhuma outra tribo de Israel estava autorizada a exercer o sacerdócio levítico, somente a tribo de Levi poderia, separada dentre todas as tribos por chamado e vocação de Deus, significando que, em toda a Nação de Israel, a vinha de Deus, havia uma parte desse povo que seria responsável para executar a função sacerdotal com responsabilidades específicas como obreiros ou trabalhadores da vinha. As onze tribos de Israel (Rúben, Simeão, Judá, Issacar, Zebulom, José (Efraim e Manassés), Benjamim, Dã, Aser, Gade, Naftali) são, figuradamente, a vinha e a tribo de Levi representa os trabalhadores da vinha.

O "salário" do sacerdócio levítico era em coisas materiais, que, figuradamente, significavam/significam, verdades espirituais – dons, virtudes, poder, almas. Quando alguém do povo de Deus, trazia do que a terra ou campo havia abençoado sua casa, ofertas ou dízimos, essa porção era dos levitas, tanto dos sacerdotes (figura dos obreiros de Cristo) como do sumo sacerdote (figura de Cristo).

Há distinção espiritual desse "salário". Um, é o que resulta do que Deus abençoa diretamente na vinha, ao povo, exclusive os levitas, entretanto, esse povo, abençoa os levitas com o que recebem da parte de Deus. Outro, é o que Deus dá diretamente aos levitas, porque, esses, não têm herança com a vinha, as demais tribos de Israel. O Senhor é a herança direta da tribo de Levi.

Livro de Números, capítulo 18, diz: 
"23. Mas os levitas farão o serviço da tenda da revelação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. 
24. Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel."

Importante observação: quando se medita na Palavra de Deus, é necessário redimensionar o assunto dentro do contexto que está sendo considerado. Neste caso da parábola em estudo, por exemplo, os levitas são equiparados aos trabalhadores da vinha dentro de uma dimensão que está sendo apresentada. Mesmo que não haja detalhamento de ações ou circunstâncias, compreende-se que esses trabalhadores da vinha são, figuradamente, os levitas.

Livro de Números, capítulo 18, diz ainda: 
"6. Eis que eu tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; eles vos são uma dádiva, feita ao Senhor, para fazerem o serviço da tenda da revelação. 
7. Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no tocante a tudo o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu; nisso servireis. Eu vos dou o sacerdócio como dádiva ministerial, e o estranho que se chegar será morto. 
8. Disse mais o Senhor a Arão: Eis que eu te tenho dado as minhas ofertas alçadas, com todas as coisas santificadas dos filhos de Israel; a ti as tenho dado como porção, e a teus filhos como direito perpétuo. 
9. Das coisas santíssimas reservadas do fogo serão tuas todas as suas ofertas, a saber, todas as ofertas de cereais, todas as ofertas pelo pecado e todas as ofertas pela culpa, que me entregarem; estas coisas serão santíssimas para ti e para teus filhos. 
10. Num lugar santo as comerás; delas todo varão comerá; santas te serão. 
11. Também isto será teu: a oferta alçada das suas dádivas, com todas as ofertas de movimento dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas contigo, as tenho dado como porção, para sempre. Todo o que na tua casa estiver limpo, comerá delas. 
12. Tudo o que do azeite há de melhor, e tudo o que do mosto e do grão há de melhor, as primícias destes que eles derem ao Senhor, a ti as tenho dado. 
13. Os primeiros frutos de tudo o que houver na sua terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus. Todo o que na tua casa estiver limpo comerá deles. 
14. Toda coisa consagrada em Israel será tua."

Em 1 Timóteo, capítulo 5, diz: 
"17. Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; 
18. Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E, digno é o obreiro do seu salário."

1 Coríntios, capítulo 9, diz: 
"8. Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? 
9. Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? 
10. Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. 
11. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?"

O "boi" aqui é o obreiro que receberá o seu salário e, o apóstolo Paulo diz que quando Deus se refere ao "boi" está falando dele e não de um animal - por causa do sentido figurado.

O obreiro tem dignidade de ser honrado com salário natural, sendo que serve as coisas espirituais ao povo. Neste contexto o apóstolo está falando sobre o sustento natural e pessoal do obreiro através da obra de Deus. Ao mesmo tempo, incomparavelmente, existe o salário (jornal do obreiro) que vem em forma de virtudes espirituais eternas, virtudes, galardão etc..

Uma importante observação: Há doutrinas denominacionais que, além de exigirem o dízimo e ofertas como condições indispensáveis para Deus poder abençoar as pessoas, ainda, impõem aos obreiros o cumprimento de metas em arrecadação de dinheiro. Os obreiros receberão seus salários conforme a arrecadação, fazendo cair a suposta obra de Deus em uma vala comum de emprego secular onde o chefe do grupo ganha por comissão e aplicam o uso de artifícios para conseguirem arrecadar o máximo do povo que ingenuamente acredita nas suas palavras. Grande pecado, usando o Nome e a Palavra de Deus em vão, enganando pessoas sem entendimento, do mesmo modo que um estelionatário comum faz, e pior, usando a Palavra de Deus. Se não se arrependerem de seus pecados continuarão condenados pela Palavra de Deus que já está julgando. Isso se deve ao engano do espírito da doutrina, ou seja, um erro chama o outro e faz grande o desastre.

Nisso a importância indisponível e indispensável da interpretação de todo o Velho e Novo Testamentos (Alianças), pelas Sombras das Coisas ou Bens Futuros, das alegorias, das figuras e das semelhanças. Nessas estão as revelações firmes e eternas. Por isso encontramos no Velho Testamento as expressões: "estatuto perpétuo", "concerto eterno" etc. Ninguém inventa ou cria algo novo porque a Palavra de Deus é uma só e de única interpretação. A Palavra de Deus é plena e suficiente, nada se acrescenta ou tira.

"3. E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça," (há versões da Palavra que não constam esse "perto da hora terceira" referindo ao horário – uns usam "cerca da hora terceira"...)

Considerando: Esse já é o segundo grupo de trabalhadores, por causa do "viu outros" perto da terceira hora (era o final da Primeira hora, perto da hora Terceira).

Esses avistados e chamados para o trabalho, estavam "ociosos na praça".

Conforme referências bíblicas, as horas são escritas assim: 
Terceira hora: das 06:00 hs às 09:00 hs (manhã) 
Sexta hora: das 09:00 hs às 12:00 hs (manhã) 
Nona hora: das 12:00 hs às 15:00 hs (tarde) 
Décima-segunda hora: das 15:00 hs às 18:00 hs (tarde)

Depois desse período vem a Vigília - Horas conhecidas como "vigília": 
Primeira vigília: das 18:00 hs às 21:00 hs (noite) 
Segunda vigília: das 21:00 hs às 24:00 hs (meia noite) 
Terceira vigília: das 24:00 hs às 03:00 hs (madrugada – cantar do galo) 
Quarta vigília: das 03:00 hs às 06:00 hs (amanhecer)

"4. E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram."

Considerando: Aqui não menciona quanto será pago pelo trabalho, apenas diz que dará o que for justo. No versículo 2 diz que dará um dinheiro por dia.

Por que os trabalhadores aceitaram a expressão "dar-vos-ei o que for justo"? Normalmente, naturalmente falando, qualquer pessoa contratada para um serviço pergunta quanto receberá. Aqui, os trabalhadores contratados nada questionam, confiando que receberão o que for justo, conforme a palavra e justiça do pai de família.

"5. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo."

Considerando: Mais duas vezes (perto da hora sexta e perto da hora nona, ou seja, antes do início hora sexta e antes do início hora nona), o pai de família "sai" para procurar mais trabalhadores.

Pergunta: o pai de família sai de onde e vai para onde procurar trabalhadores? Sai do seu lugar, da sua casa, do lugar onde está como referência de local onde se encontra. O pai de família tem uma vinha plantada em algum lugar, perto ou longe de sua casa ou do local onde habita.

"6. E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia?"

Considerando: A hora undécima corresponde às 17 horas. Aqui repete o mesmo referente àqueles que encontra, ou seja, "estavam ociosos", sem trabalho, sem serviço. A pergunta na parte final - Por que estais ociosos todo o dia? -, tem seu sentido de ser, pois, Deus, jamais faz uma pergunta sem ter motivo. Principalmente, para ouvir a resposta. Jesus perguntou ao cego "o que queres que eu te faça?" parece inútil a pergunta pois todo cego, entende-se, deseja ver, mas, Jesus pergunta porque a pessoa pode pedir outra coisa em vez de pedir o óbvio. Tem cego que prefere continuar cego, tem pobre que prefere continua pobre etc. No versículo 7, seguinte, vem a resposta dos ociosos.

"7. Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo."

Considerando: Respondem que estavam ociosos porque ninguém os havia assalariado (empregar por salário). A pergunta do pai de família no versículo 6 deixa implicado que, aqueles homens ociosos deveriam estar trabalhando "em algo" e não ociosos, sem trabalho. Esses ficaram quase todo o dia sem trabalhar e ao final do dia, pela hora undécima (por volta das 17 horas) foram assalariados.

(Não é o pai de família quem procura e assalaria os trabalhadores? Se o pai de família considera estranho aqueles homens em ociosidade, isso testemunha contra ele mesmo que não assalariou? Pode parecer, mas, quando Deus pergunta, não é por acaso.)

Fica subentendido que alguém, além do pai de família, deveria ter contratado aqueles homens. Que aqueles homens não deveriam estar ociosos se tudo estivesse correndo dentro da normalidade que o pai de família conhece e esperava estar acontecendo.

Compreende-se que o pai de família, em um mesmo dia, assalariou esses trabalhadores para a sua vinha, na qual outros trabalhadores já estavam assalariados. Repetindo, conforme o versículo 4, não menciona quanto será pago pelo trabalho, apenas diz que dará o que for justo. No versículo 2, aos primeiros assalariados, afirma que dará um dinheiro por dia.

"8. E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros."

Considerando: Aproxima-se a noite. Jesus diz que trabalha-se enquanto é dia. Ou seja, enquanto há luz no mundo e Ele é a Luz, Ele é o Dia
Evangelho de João, capítulo 9, diz: 
"4. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 
5. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo."

A obra de Deus (levar o evangelho de Jesus Cristo ao mundo para salvação das almas) será feita enquanto o Senhor estiver na terra. O Senhor está na terra pela Igreja, nos filhos de Deus, pelo Espírito Santo, espalhados pelo mundo como um só corpo - Corpo de Cristo - essa unidade perfeita, que liga os membros do corpo, mesmo distantes uns dos outros, é realizada pelo Espírito Santo. A Igreja do Senhor é a única Luz que ilumina nas densas trevas espirituais desse mundo.

Aqui o senhor da vinha dispõe de um mordomo (dicionário – mordomo: chefe dos empregados domésticos de família abastada, encarregado da administração da casa; o encarregado de superintender um estabelecimento, irmandade ou confraria.) O pai de família determina que o pagamento (jornal = pagamento por um dia de trabalho; diária, féria...), deve começar pelos derradeiros assalariados e em seguida os demais, em ordem inversa. No entendimento natural seria do primeiro ao último assalariado, mas, aqui, o pai de família determina em ordem inversa.

O pai de família determina que o pagamento comece pelos últimos, o que contraria a lógica natural. Por que essa ordem natural não foi seguida pelo pai de família, dando motivo de questionamento?

O pai de família decidiu, JULGANDO, que os últimos trabalhadores sejam os primeiros a receber o pagamento justo. Esse é o fator embutido na atitude do pai de família, ou seja, o JULGAMENTO. O pai de família JULGOU os trabalhadores que foram realizar a obra na sua vinha.

"9. E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um."

Considerando: Conforme anunciou no versículo 7, os trabalhadores da hora undécima receberiam "o que fosse justo".

"10. Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um."

Considerando: O pai de família paga o jornal, um dinheiro, aos trabalhadores que iniciaram o serviço pela madrugada e, da mesma forma, aos seguintes, antes da hora undécima. Esses primeiros são aqueles que o pai de família disse que pagaria "um dinheiro" ... ver versículo 13 seguinte.

"11. E, recebendo-os, murmuravam contra o pai de família,"

Considerando: Os trabalhadores aceitaram receber "um dinheiro pelo dia de trabalho", entretanto, argumentam com o pai de família, iniciando a murmuração.

"12. Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia."

Considerando: "A calma do dia" significa o período mais quente do dia, grande calor. Aqui, alegam os trabalhadores que iniciaram pela madrugada que, aqueles que trabalharam só uma hora foram igualados em pagamento, ou seja, "um dinheiro".

"13. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?"

Considerando: A resposta foi dirigida apenas para "um deles", chamando-o de "amigo". Os únicos aos quais o pai de família disse expressamente que pagaria "um dinheiro" foram os assalariados pela madrugada, ou seja, os primeiros de todos. Aos demais, o pai de família disse que pagaria o que fosse justo.

Por que os demais trabalhadores aceitaram a expressão dar-vos-ei o que for justo, da parte do pai de família - (Conforme considerado no versículo 4)? Normalmente, naturalmente falando, qualquer pessoa contratada para um serviço pergunta quanto receberá. Aqui, os trabalhadores contratados, depois dos primeiros contratados pela madrugada, nada questionaram, confiando que receberiam o que fosse justo, conforme a palavra e justiça do pai de família.

O pai de família explica que não está cometendo injustiça, pois, está pagando pelo combinado com aqueles que assalariou, ou seja, "um dinheiro por dia de trabalho". O que é "um dinheiro"? Naturalmente falando é uma forma material de pagamento, cédulas, moeda etc. Entretanto, aqui, sendo uma parábola, o dinheiro é uma figura de verdades espirituais eternas. Da mesma forma que o dízimo não é dinheiro (natural) e sim dons, virtudes, almas, aqui, dinheiro está se referindo ao galardão do obreiro.

Evangelho de João, capítulo 4, diz: 
"34. Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. 
35. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. 
36. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. (semear e ceifar é responsabilidade dos trabalhadores da seara) 
37. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa. 
38. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho."

"14. Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti."

Considerando: Acrescenta, o pai de família, dono da vinha, que paga aos derradeiros trabalhadores o mesmo jornal pago aos primeiros assalariados.

"15. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?"

Considerando: Certamente que, pelo entendimento natural, há aparente injustiça da parte do pai de família. Imaginamos uma pessoa trabalhar 12 horas e outra 30 minutos e ambos receberem o mesmo tanto pelo mesmo serviço. A intensidade e produção do que trabalhou 12 horas certamente supera 11 vezes e meia àquele que trabalhou apenas 30 minutos. Porém, aqui, temos uma parábola em que verdades espirituais de Deus estão embutidas nas figuras apresentadas. A obra de Deus não tem justiça, merecimento ou cálculo natural (Lei de Moisés ou justiça natural ou terrena).

Inicialmente, o pai de família diz ao trabalhador, que lhe é lícito fazer o que quiser do que é dele. Certamente, mas não permite que seja injusto. Tudo é dele, do pai de família e, na dimensão das verdades eternas, até todos os assalariados são dele e podem ser julgados. Certo que ele faz o que quiser do que é dele, entretanto, pelo entendimento natural, há aparente injustiça, e, essa aparente injustiça, natural, foi questionada pelos murmuradores ao pai de família.

Ainda, o pai de família, considera que os olhos (corações) dos murmuradores são maus, porque ele, que os assalariou, é bom. Essa observação do pai de família tem conotação grave, pois, identifica maus e bons corações. O pai de família, implicitamente, está afirmando que, os trabalhadores da hora undécima tomaram a frente dos demais porque seus corações são bons e receberam a devida recompensa justa.

Essas murmurações são típicas daqueles que naturalmente entendem as coisas de Deus, entendem a Palavra de Deus pela letra, ou seja, pela Lei de Moisés, pelas obras da Lei e suas recompensas conforme a Lei, não conforme a graça em Cristo e o amor incondicional.

O pai de família faz juízo de si mesmo e diz que não comete injustiça e, ainda, afirma julgando que injustos são aqueles que estão murmurando, achando que deveriam receber mais, mesmo que naturalmente pareça coerente ou sensato aqueles que ficaram mais tempo receberem mais do que os que ficaram menos tempo.

Esse julgamento do pai de família tem consequências reais. O pai de família JULGOU os murmuradores como maus e injustos, mesmo que o pagamento tenha sido a mesma quantia para todos. O pai de família disse aos primeiros que receberiam "um dinheiro", ou seja, determinou previamente o que receberiam, porque já sabia de seus corações maus. Assim, os primeiros se tornaram derradeiros por causa do JULGAMENTO do pai de família.

"16. Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos."

Considerando: Antes, convém entender que, quem trabalha na vinha é diferente daquele que pertence ou está na vinha. Temos uma vinha - grande plantação de videiras, terreno plantado de videiras, vinhedo, campo de plantação de videiras. As videiras possuem ramos, folhas e frutos (uva – dicionário: fruto da videira; pequena baga, disposta em cachos, sucosa, rica em açúcar, de cor, sabor e grau de acidez bastante variável conforme a espécie ou o cultivar, comestível ao natural ou seca, em geleias e doces, e da qual tb. se fazem o vinho e o vinagre.).

A Casa de Israel, a vinha do Senhor, ou, todos aqueles que foram tomados para Deus, desde Adão até o último dia, teve servos que trabalharam nessa obra. Os servos, assalariados mencionados nessa parábola, são todos os obreiros que trabalharam na vinha, na seara, no campo, cada qual chamado e vocacionado para o que fosse necessário empenhar na lida.

1 Coríntios, capítulo 3, diz: 
"3. Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? 
4. Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais? 
5. Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? 
6. Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 
7. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. 
8. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. 
9. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (aqui a diferença entre os trabalhadores da vinha e aqueles que são/formam a vinha)

Assim, desde Adão até o fim de tudo, uma grande rede foi lançada sobre o mar (mar é figura do mundo, a face da terra, o campo), e nessa rede (pregação do evangelho de Jesus Cristo e Igreja), vários tipos de peixes foram pegos. Ao mesmo tempo, figuradamente, foi formada uma vinha do Senhor. Entretanto, nem todos os peixes que estavam na rede foram aproveitados, os maus foram lançados fora. Da mesma forma, uma parte da vinha será perdida. Existem aqueles que não concordam com essa possibilidade, entretanto, a Palavra de Deus afirma isso.

Evangelho de Mateus, capítulo 13, diz: (chamados e escolhidos) 
"47. Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. 
48. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. 
49. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos
50. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes."

Da mesma forma, diz Jesus que, Ele é a videira e nós os ramos (varas) e se não houver frutos será cortado (Evangelho de João, capítulo 15)

Evangelho de João, capítulo 15, diz: 
"1. Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 
2. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. 
3. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. 
4. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. 
5. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 
6. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem."

As parábolas e alegorias em Mateus 13 e João 15 dizem respeito a todos aqueles que foram alcançados pela fé em Deus Pai e no Senhor Jesus. Sabendo que, dentre esses alcançados, nem todos foram/serão escolhidos, haverá, conforme afirma a Palavra de Deus, uma separação, para salvação e para perdição. Esses não são os trabalhadores, esses são todos aqueles que ficaram debaixo do zelo ou cuidado dos trabalhadores referidos em Mateus 20.

Aos trabalhadores (obreiros), temos: 
Evangelho de Mateus, capítulo 19, diz: (aqui o Senhor está se referindo aos discípulos e o que ocorrerá com eles) 
"27. Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? 
28. E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. 
29. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. 
30. Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros."

Evangelho de Marcos, capítulo 9, versículo 35, diz: 
"E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos."

Evangelho de Mateus, capítulo 7, diz: 
"15. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. 
16. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? 
17. Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. 
18. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 
19. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 
20. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. 
21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? (aqui se refere a todos os obreiros denominacionais e seus ministérios e aqueles que, fazem a obra, usando a Palavra de Deus e invocam o Nome de Jesus Cristo) 
23. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.(fizeram as obras em Nome de Jesus Cristo, com sinais e maravilhas, entretanto, Jesus diz que nunca conheceu essas pessoas que praticam iniquidades) 
24. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; 
25. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 
26. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; 
27. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda."

Evangelho de Lucas, capítulo 13, diz: 
"23. E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe respondeu: 
24. Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. 
25. Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vos sois; 
26. Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. 
27. E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade. 
28. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora. 
29. E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus. 
30. E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros."

Assim: "Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros" – qual o sentido dessa frase para os obreiros ou trabalhadores?

Não é pelo tempo que se faz a obra ou em qual tempo do dia (Dia do Senhor) em que se realiza a obra que será calculado o preço do que há de receber pelo trabalho. A obra de Deus não tem cálculo natural, justiça natural, mérito pelas obras naturais (Lei de Moisés) – A obra de Deus é conforme o amor incondicional e misericórdia do Pai (Graça em Cristo). A obra de Deus é conforme a doutrina de Cristo. A hora undécima refere-se ao último momento da Igreja de Cristo no mundo, o último tempo do longo dia, aos chamados no Novo Testamento em Cristo – antes que chegasse a noite, quando ninguém poderá trabalhar, antes do fim de tudo.

Os primeiros chamados para cuidar da vinha, fizeram seu trabalho, da mesma forma que os derradeiros. A expressão "porque" no versículo 16 acima, explica ou esclarece o motivo de muitos primeiros serem derradeiros e muitos derradeiros serem primeiros "porque" muitos são chamados mas poucos escolhidos.

Esse julgamento do pai de família tem consequências reais. O pai de família julgou os murmuradores como maus e injustos. O pai de família disse aos primeiros que receberiam "um dinheiro", ou seja, determinou previamente o que receberiam, porque já sabia de seus corações maus. Assim, os primeiros se tornaram derradeiros.

Esses primeiros que se tornaram derradeiros, implicitamente, significa que foram rejeitados, pois, se muitos são chamados e poucos escolhidos, aqueles que não foram escolhidos tornaram-se não participantes da salvação. Foram julgados e condenados pela Palavra de Deus, por causa de suas obras más e corações maus. Texto similar é sobre a rede que é lançada ao mar e pega toda espécie de peixes mas há separação entre os peixes bons e maus.

Evangelho de Mateus, capítulo 13, diz: 
"47. Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes. 
48. E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora. 
49. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, 
50. e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes."

A parábola é em si uma síntese que tem uma expansão de tempo universal, nas dimensões terrenas e celestiais. Por isso, devemos compreender até qual momento ou circunstância uma parábola quer que entendamos, sem divagar.

Concluindo: 
Jesus Cristo ressuscitou pela madrugada (tempo ou período) e Ele e o Pai estão no mundo, pelo Espírito Santo, estabelecendo a Igreja gloriosa, imaculada e vitoriosa, chamando e vocacionando todos os obreiros para realizarem a obra enquanto é dia (presença da Luz - presença do Pai e do Filho), até que venha a noite (trevas espirituais - sem a presença da Luz, sem a presença do Pai e do Filho através do Espírito Santo), ou seja, o fim de tudo, quando ninguém poderá trabalhar.

Cada obreiro recebe o seu galardão, desde os que foram chamados em primeiro lugar e os que foram chamados por último.

A aparência de prosperidade material de pessoas que dizem servir a Deus, não afirma que estão na presença ou que sejam agradáveis a Deus.

É possível, segundo a Palavra de Deus, alguém que serve a Deus, ser obreiro, ser aparentemente próspero, usar a Palavra de Deus, fazer a obra em Nome de Jesus Cristo expulsando demônios, curando enfermos, etc. e ser rejeitado por Deus. A aparente prosperidade pode ser o sinal de que, a pessoa, recebe sua recompensa unicamente aqui neste mundo, mas não terá a principal, pela salvação da sua alma e galardão nos céus. Também, que a prosperidade pode ser fruto de desonestidade usando a Palavra de Deus como fonte de renda e cobiça. São os estelionatários ou vigaristas da fé.

A obra de Deus não tem dimensão de cálculo natural ou humano através da Lei de Moisés ou juízos carnais. A obra de Deus é conforme o amor e misericórdia do Pai (Graça em Cristo) e a verdade da Palavra de Deus em sua real dimensão. A dimensão real de todas as coisas é conforme o poder e conhecimento de Deus.

Referências da Palavra de Deus para pesquisar:

- reino dos céus 
- pai de família 
- madrugada 
- vinha (casa de Israel – videira – ramos - uva – campo) 
- hora terceira – hora sexta – hora nona – hora undécima 
- chamado – escolhido – separado – consagrado – ungido 
- assalariar – jornaleiro – jornal – dinheiro – galardão – dom 
- mordomo 
- derradeiro 
- iniquidade

Leitura complementar – estudos: 


Sergio Luiz Brandão

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